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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Reflexão... vale a pena ler!

Era uma vez um jovem que recebu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a um outro rei de uma terra distante. Recebeu também o melhor cavalo do reino para levá-lo na jornada. “Cuida do mais importante e cumprirás a missão!”, disse o soberano ao se despedir. Assim, o jovem preparou seu alforje, escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada à cintura, sob as vestes.

Pela manhã bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava sequer em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era seu sonho e parecia que a princesa correspondia suas esperanças. Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Assim, exigia o máximo do animal.

Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não o aliviava da sela nem da carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de beber ou providenciar alguma ração. “Assim, meu jovem, acabarás perdendo o animal”, disse alguém. “Não me importo”, respondeu ele. “Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta fará!” Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportou mais os maus tratos e caiu morto na estrada. O jovem simplesmente o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Mas nessa parte do país havia poucas fazendas e eram muito distantes umas das outras. Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe fazia o animal. Estava exausto e sedento. Já havia deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava a recomendação do rei: “Cuida do mais importante!”. Seu passo se tornou curto e lento. As paradas eram frequentes e longas.

Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto à beira da estrada, onde ficou desacordado. Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o reino o encontrou e cuidou dele. Ao recobrar os sentidos, viu-se de volta a sua cidade.

Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e, com a maior desfaçatez, pôs toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo “fraco e doente” que recebera. “Majestade, conforme me recomendaste, cuidei do mais importante: aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer.” O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos. Abatido, o jovem deixou o palácio.

Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia: “Ao meu irmão, rei da terra do norte. O jovem que te envio é candidato a casar-se com minha filha. Essa jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me portanto um grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e a força de quem o auxiliou na jornada. Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem àqueles que o servem.”

Comparo essa história com o ser humano que segue sua jornada na vida tão preocupado com seu exterior, isto é, com os bens, que tudo guarda como se fosse ouro, esquecendo-se de alimentar sua alma e seu espírito com a alegria e o amor de Deus. Certamente não cumprirá a missão, já que não sabe guardar o que é mais importante!

Auto desconhecido

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